Não ter no presente
aquilo que está ausente
É triste
sozinho
e é tão seco.
É um coçar da garganta
o pesar dos olhos
o corpo frio
é o espaço entre as mãos.
É o vazio no peito
o perder dos sentidos
mas também o que não perde o sentido?
É o embaraçar sem desembarar dos cabelos
e nenhuma mão gentil para amparar
é a falta de ar
a falta
a simples ausência
são os minutos que já são horas
os dias que já são meses
uma distância que não sabe chegar
É o quase não saber mais falar.
É nunca parar de pensar.
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Um comentário:
agora escreve um sobre a presença, amor!
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