as vezes acho que tenho certezas.
não me escutem.
eu não sei do que estou falando.
Me achando
Onde foi que eu me perdi?
Quando foi que eu virei aquela esquina e me esqueci?
Deixei um pedaço meu no caminho. E segui sem olhar pra trás.
Decidi assim, ou foi descuido meu?
Estes rastros que deixei no caminho, eram de quem?
Entre as risadas e lágrimas, amores e dores,
o que ainda era eu?
Ou era só a metade mim?
Quem havia seguido?
Ela ou eu?
Quem parou no tempo;
e quem olhou pra frente, sem perceber que seguia a rua errada?
Quem havia partido, partida?
Seria aquela a minha rua errada
ou era este o exato caminho que me devolveria
a mim mesma, me esperando do outro lado?
Mais sábia ou mais solitária?
Mais sedenta ou mais vazia de mim?
E se ela havia ficado,
quem haveria cuidado daquilo que não pode seguir,
quando eu virei as minhas costas pra mim?
Eis que aqui, numa outra esquina,
- ou seria a mesma - calejada pelo tempo,
um milagre acontece:
eu me esbarro em mim mesma.
Ela que me procurava ou eu fui quem a encontrei?
Sou pega de surpresa.
Me olho e não posso acreditar.
- Você estava aqui me esperando?
Eu olho completamente abismada
porque só vejo: beleza.
Que beleza era esta que eu não via antes?
O que havia acontecido com meus olhos,
no caminhar pelas ruas erradas, no calejar do tempo,
que me fez ter des-coberto a visão?
Olho com os novos antigos olhos,
sem a cegueira da minha obstinação,
sem as exigências da minha perfeição,
e me vejo, ali: inocente.
Despida, com frio e com fome.
Livre do pesar dos meus julgamentos.
Essa era quem eu não pude ver.
Ouvir, sentir, todo esse tempo.
Eu olho de novo e me encanto.
Arrepio, lamento e choro.
E então eu sorrio pra você.
Quer dizer, pra mim.
E me reconheço.
Eu não fui a lugar nenhum.
Eu havia esperado por mim, todo esse tempo.
Esperado esse momento.
O reencontro da visão, sem a ilusão.
Era eu quem eu buscava,
na cansada caminhada,
na busca por algo fora de mim ,
um outro alguém,
que me desse essa intimidade.
Eram os meus olhos que precisavam
se cegar do que não era eu.
e se abrir, para dentro, para ver o meu coração,
com o o meu coração.
Para ver a verdade.
Quando foi que eu virei aquela esquina e me esqueci?
Deixei um pedaço meu no caminho. E segui sem olhar pra trás.
Decidi assim, ou foi descuido meu?
Estes rastros que deixei no caminho, eram de quem?
Entre as risadas e lágrimas, amores e dores,
o que ainda era eu?
Ou era só a metade mim?
Quem havia seguido?
Ela ou eu?
Quem parou no tempo;
e quem olhou pra frente, sem perceber que seguia a rua errada?
Quem havia partido, partida?
Seria aquela a minha rua errada
ou era este o exato caminho que me devolveria
a mim mesma, me esperando do outro lado?
Mais sábia ou mais solitária?
Mais sedenta ou mais vazia de mim?
E se ela havia ficado,
quem haveria cuidado daquilo que não pode seguir,
quando eu virei as minhas costas pra mim?
Eis que aqui, numa outra esquina,
- ou seria a mesma - calejada pelo tempo,
um milagre acontece:
eu me esbarro em mim mesma.
Ela que me procurava ou eu fui quem a encontrei?
Sou pega de surpresa.
Me olho e não posso acreditar.
- Você estava aqui me esperando?
Eu olho completamente abismada
porque só vejo: beleza.
Que beleza era esta que eu não via antes?
O que havia acontecido com meus olhos,
no caminhar pelas ruas erradas, no calejar do tempo,
que me fez ter des-coberto a visão?
Olho com os novos antigos olhos,
sem a cegueira da minha obstinação,
sem as exigências da minha perfeição,
e me vejo, ali: inocente.
Despida, com frio e com fome.
Livre do pesar dos meus julgamentos.
Essa era quem eu não pude ver.
Ouvir, sentir, todo esse tempo.
Eu olho de novo e me encanto.
Arrepio, lamento e choro.
E então eu sorrio pra você.
Quer dizer, pra mim.
E me reconheço.
Eu não fui a lugar nenhum.
Eu havia esperado por mim, todo esse tempo.
Esperado esse momento.
O reencontro da visão, sem a ilusão.
Era eu quem eu buscava,
na cansada caminhada,
na busca por algo fora de mim ,
um outro alguém,
que me desse essa intimidade.
Eram os meus olhos que precisavam
se cegar do que não era eu.
e se abrir, para dentro, para ver o meu coração,
com o o meu coração.
Para ver a verdade.
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